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36. CAPÍTULO TRINTA E SEIS

CAPÍTULO TRINTA E SEIS
ato dois: a ordem da fênix

ÀS VEZES ELA pensa que os professores que passam mais despercebidos são os mais compassivos, mas naquela tarde Erika descobriu que era o contrário. Seu professor de Estudos dos Trouxas a descobriu olhando fixamente durante a aula e a puniu arrumando cada um dos objetos estranhos em sua sala de aula, especificando que ela também removesse a poeira acumulada neles. A princípio Erika e Ernie não acreditaram nele, mas quando o professor repetiu com seriedade, o rosto da menina de olhos azuis desmoronou rapidamente e Ernie reprimiu uma risada.

Dessa forma, ela aprendeu a parar de pensar em outras coisas enquanto estava na aula, mas como não poderia? Justin soltou uma bomba antes de ir para a cama.

Na noite anterior, o moreno resolveu contar tudo o que aconteceu com sua mãe enquanto eles estavam na sala comunal, com lágrimas nos olhos ele mostrou a carta e explicou a situação para seus outros três amigos que não sabiam do assunto. Todos o abraçaram forte e Ernie não hesitou em oferecer sua casa para Justin passar as férias, pois seus pais ficariam encantados em tê-lo ali.

Era incomum que todos ouvissem a voz quebrada e insegura do amigo, essa fragilidade não era comum de se ver nele já que ele geralmente a escondia, ele não era de demonstrar seus sentimentos e ao vê-lo tão indefeso perceberam o quanto o assunto o afetava. E eles não podiam deixar de se sentir impotentes com tudo isso.

Por isso Erika agora estava organizando objetos bastante estranhos, com texturas estranhas e que faziam barulhos irritantes.

Melhor isso do que ter a mão sangrando, para ser honesta.

Assim que terminou, depois de algumas horas, saiu de lá após a aprovação do professor que lhe repetiu para não voltar a andar nas nuvens em sua aula. Com um sorriso tenso ela assentiu e saiu da sala para encontrar o corredor vazio, no fundo de seu coração ela esperava que Ernie estivesse esperando por ela mas também sabia que ele não estaria, era mais de uma hora esperando que ela pudesse usa-os para dormir ou tentar fazer com que Susan passe o dever de casa.

Ela colocou a bolsa no ombro e começou a caminhar em direção à sala comunal. Ela tinha que completar algumas coisas pendentes de astronomia e transformação. Ela não tinha muito tempo, então caminhou rapidamente para poder pegar Susan desocupada antes de Ernie e perguntar a ela sobre alguns cálculos de astronomia dos quais não entendeu absolutamente nada.

— É difícil te encontrar sem estar rodeada de amigos. — disse uma voz feminina ao lado dela.

Tracey Davis estava saindo das estufas com um pequeno sorriso, aproximando-se dela enquanto arrumava o cabelo e lambia os lábios na tentativa de deixar a Lufa-Lufa nervosa. Ela estava usando o lenço da Sonserina e seu cabelo estava perfeitamente arrumado, era raro vê-la sem Pansy ou Daphne.

— Olá. — Erika respondeu séria, não tinha vontade de falar com ninguém da Sonserina depois do que aconteceu com Ron.

— Dia ruim? — Davis perguntou ao notar o tom desagradável da garota de olhos azuis.

— Eu realmente não quero falar com as pessoas da sua casa.

— Ah... É por causa do negócio do Weasley? — Davis assumiu o silêncio como uma resposta positiva. — Só para você saber, não concordei com isso, apenas com os distintivos.

Erika revirou os olhos sem dizer nada e continuou seu caminho, Tracey caminhou silenciosamente ao lado dela com a clara intenção de não querer deixá-la sozinha.

— Ei, lembra como você sugeriu dar aulas particulares a uma criatura mágica? — Erika apenas assentiu sem olhar para ela, mesmo assim a morena sorriu. — Queria perguntar quando você estiver disponível, teria interesse em começar logo.

Claro, Davis só queria conversar com ela sobre aulas particulares. Ela não podia dizer que não queria ser sua tutora só porque ela era uma sonserina e eles fizeram seu amigo se sentir mal. Ela parou de andar sob o olhar atento de Tracey que procurava olhá-la nos olhos com um pequeno sorriso no rosto.

— Eu não poderia te dar aula por agora... — Erika finalmente disse franzindo a testa e estufando levemente as bochechas enquanto pensava. — Talvez em um período mais próximo dos NOMs ou...

— Erika! — uma voz foi ouvida vindo do fundo do corredor.

Ambas viraram a cabeça para encontrar o trio dourado caminhando em direção a elas apressado, embora Hermione, que estava com as sobrancelhas levemente unidas, fosse quem andasse mais rápido. Harry e Ron ficaram para trás andando um pouco mais devagar, mas com um olhar de julgamento, eles sabiam que Tracey estava saindo com Pansy e isso não lhes causava muita confiança.

— Granger... Que hora ruim para você estar aqui. — a morena disse com um tom moderadamente desdenhoso, olhando-a pejorativamente enquanto cruzava os braços e uma de suas sobrancelhas se erguia superiormente.

— Acho que é o momento perfeito. — Hermione respondeu com um tom presunçoso ao olhar para ela pelo canto do olho e erguer as sobrancelhas para sorrir falsamente para ela. Hermione pegou a mão de Erika e então olhou para ela e começou a movê-la. — Hagrid está de volta.

Os olhos azuis de Erika imediatamente se arregalaram, ela olhou rapidamente para Tracey se desculpando enquanto era arrastada com urgência por Hermione, e começou a correr com seus três amigos da Grifinória em direção à cabana de Hagrid. Eles desceram rapidamente o pequeno morro cheios de emoção e curiosidade para saber o que aconteceu com o semigigante.

Assim que chegaram perto o suficiente, ouviram uma voz familiar e desagradável vinda de dentro.

Parecia que Umbridge havia conquistado a visita deles.

Eles pararam de andar e os quatro compartilharam a ideia de começar a bisbilhotar para tentar descobrir o que a mulher sapo estava fazendo na cabana de Hagrid. Caminharam silenciosamente em direção a uma das janelas e olharam um pouco para ver e ouvir melhor a conversa. Parecia que Umbridge não acreditava no que quer que Hagrid estivesse dizendo a ela, parecia chateada, embora Hagrid falasse com ela de maneira suave e calma. Houve um tempo em que Dolores alertou Hagrid para não ficar muito confortável em seu retorno a Hogwarts.

Assim que perceberam que a mulher caminhava com a intenção de ir embora, eles rapidamente se afastaram da janela. Hermione pegou a mão de Erika e elas correram com Ron e Harry para se esconderem na lateral da cabana. Harry chegou primeiro e, aproveitando o fato de estarem de mãos dadas, Erika puxou Hermione para perto dela para que Ron tivesse espaço suficiente para se esconder.

Enquanto os dois garotos observavam Umbridge sair, Erika e Hermione estavam em outro lugar de suas mentes graças à proximidade, elas ainda estavam de mãos dadas por algum motivo, as costas de Hermione estavam pressionadas contra o tronco de Erika enquanto ela segurava sua cintura suavemente para que ela não perdesse o equilíbrio, afinal elas estavam um pouco apertadas lá dentro. Entre o medo de serem encontradas e a proximidade, o coração de ambas batia forte. Assim que viram Umbridge se afastar o suficiente com dificuldade por causa dos saltos, elas se separaram e Erika soltou a mão de Hermione, afastando também aquela que a segurava pela cintura dela.

— Desculpe... — Erika sussurrou envergonhada assim que ela saiu e caminhou em direção à cabana sem olhar para ela.

Seu coração batia forte e ela voltou a sentir aquele desconforto no estômago, como se estivesse vazio e fosse vomitar a qualquer momento. Era uma sensação desconfortável, ela não podia negar. Pior se acrescentasse a sensação das pontas das orelhas queimando fortemente.

Hermione caminhou em direção à cabana completamente desfocada, ainda sentindo o toque da Lufa-Lufa em sua mão e cintura, como se tivesse ficado algum tipo de marca na qual ela não conseguia parar de pensar. E, claro, seu coração batendo rapidamente fez com que suas bochechas ficassem insuportavelmente quentes.

Harry bateu na porta da cabana e Hagrid se surpreendeu assim que abriu a porta. Sem esperar, os quatro entraram correndo para não serem descobertos. Rony fechou a porta em desespero enquanto empurrava Erika que havia deixado Harry e Hermione entrarem primeiro.

— O que vocês estão fazendo aqui?! — Hagrid perguntou assim que processou a presença dos alunos e sentiu como Harry o abraçou com força.

— Vimos a fumaça saindo da sua chaminé. — Ron respondeu, se afastando da porta mas olhando pela janela de vez em quando. — Presumimos que você já havia chegado e viemos te ver de uma só vez.

Harry parou de abraçar Hagrid e imediatamente foi a vez de Erika, ela abraçou firmemente o meio gigante, recebendo dele tapinhas na cabeça.

— Onde você esteve? Você está ferido. — a garota de olhos azuis perguntou angustiada ao levantar a cabeça e ver os ferimentos no rosto do semigigante.

— Vou explicar para vocês. Sentem-se enquanto lhe sirvo um pouco de chá.

Todos assentiram e sentaram-se nas grandes cadeiras de Hagrid, as pernas dos quatro balançavam no ar e Erika não pôde deixar de balançá-las levemente enquanto observava Hagrid colocar xícaras para eles e servir-lhes um pouco de chá.

— O que vou contar é ultrassecreto, vocês me entenderam? — ele disse sério e, vendo que eles assentiram imediatamente, ele continuou. — Fui falar com os gigantes.

— Os gigantes? — Hermione perguntou alto demais e Hagrid fez sinal para ela abaixar a voz. — Você os encontrou?

— Você teria que ser cego para não encontrá-los... — Erika murmurou sem pensar, ganhando um olhar de reprovação da morena.

— Dumbledore me mandou falar com eles para que se unissem à nossa causa. — ele explicou após acenar para Hermione. — Mas claro, ele não foi o único naquelas estradas.

— Os Comensais da Morte... — Ron murmurou e Hagrid assentiu.

O meio-gigante virou-se para pegar um pedaço de carne congelada e colocá-lo em um de seus olhos machucados. Hermione fez uma careta de desgosto sem esconder.

— Eles querem que eles se juntem, você sabe.

— E como você os convenceu a não seguir ordens de você-sabe-quem? Eles estavam do lado dele na primeira guerra bruxa, certo? — Erika perguntou genuinamente.

— Sim, é por isso que os Comensais da Morte já estavam conversando antes. — Hagrid suspirou, baixando o pedaço de carne do olho. — Acho que não conseguimos nada de bom.

— Por que? — Harry perguntou.

Hagrid suspirou tristemente e jogou a carne crua para Canino, que, entusiasmado, começou a esfolá-la.

— Os Comensais da Morte sabiam como chegar até eles novamente, Marcus Macnair estava com eles. — sem querer, o olhar do semigigante recaiu sobre Erika e rapidamente o desviou.

E a Lufa-Lufa percebeu, assim que ouviu o nome ela soube quem era.

— Um amigo do papai. — Erika murmurou, e os três grifinórios se viraram para olhar para ela. — Ele é bom com seres e algumas criaturas, suponho que estudou para conseguir o que presumo que conseguiu.

Hagrid assentiu e virou a cabeça para o cachorro que já havia comido o pedaço de carne crua.

— E cara, ele conseguiu isso.

— Os gigantes atacaram você? — Erika perguntou preocupada após começar a encaixar algumas peças em suas mentes.

Hagrid assentiu e os quatro alunos ficaram um pouco tensos. — Mas tenho certeza que alguns de vocês ouviram a mensagem de Dumbledore que eu lhes dei. Ou assim espero...

Eles caíram em um silêncio mortal, o fato dos gigantes não terem uma posição fixa em toda a situação era preocupante, eles não podiam deixar de se sentir um pouco desanimados e assustados com isso. E Erika não pôde deixar de se sentir pior sabendo que pessoas que ela conhecia estavam por trás de tudo isso.

— Você vai dar aulas de novo? — perguntou Ron para quebrar o gelo e acalmar a atmosfera.

— Claro! Tenho muitas aulas preparadas que são materiais OWL.

— Umbridge está supervisionando os professores. — comentou Hermione com cautela. — Se você nos trouxer criaturas muito perigosas como no terceiro ano...

— Não será nada perigoso! Os que vou apresentar já sabem se cuidar. — o homem sorriu animadamente.

— Se você não aprovar a supervisão de Umbridge, ela vai te demitir. — Hermione murmurou desesperadamente. — Conte-nos sobre porlocks ou uma revisão dos knarls, tanto faz.

— Isso não tem graça, Hermione. — Hagrid argumentou. — O que vocês verão na próxima aula será maravilhoso e...

Enquanto o meio-gigante falava sobre como seria maravilhosa a aula que eles teriam em breve, Hermione olhou para Erika para tentar mandá-la falar com ele, a Lufa-Lufa não entendeu por um momento porque a morena estava olhando para ela muito até que as avelãs da Grifinória olharam para ela na direção de Hagrid e depois olharam para ela. Erika teve uma espécie de revelação diante de seus olhos ao entender o que Hermione queria transmitir, ela assentiu gentilmente e começou a pensar em como convencer Hagrid a ensinar coisas chatas até que ele passasse pela supervisão de Umbridge.

— Não sei o que você quer nos ensinar na aula, Hagrid, mas tenho certeza que uma aula de Porlocks seria divertida e interessante. — Erika propôs depois de pensar por alguns segundos mas com um tom pouco convincente.

Hagrid olhou para ela sério por alguns segundos antes de falar. — Erika, nem você acredita nisso.

Hermione rosnou enquanto Ron ria para si mesmo, a Lufa-Lufa deixou cair os ombros em derrota enquanto fechava os olhos com força, mentir era um pouco difícil quando estava sob pressão.

Hagrid bocejou e se levantou.

— Estou cansado, pessoal, meu corpo ainda precisa se recuperar um pouco. — os quatro se levantaram e caminharam em direção à porta com leve desconfiança. — Não se preocupem comigo, sério, vou ficar bem. — ele assegurou, dando um tapinha no ombro de Hermione fazendo com que seus joelhos dobrassem e ela caísse no chão. — Ah, me desculpe, Hermione!

Erika não pôde deixar de rir e estendeu a mão para Hermione se levantar. Totalmente envergonhada, a Grifinória aceitou a ajuda e se levantou.

— Por favor, pense no que Hermione lhe contou. — Harry perguntou tristemente.

— Eu vou ficar bem! Acredite, minhas aulas serão ótimas. — ele riu animado ao abrir a porta. — Agora vão para o castelo, agasalhem-se, está começando a esfriar!

E com isso empurrou os quatro para fora da cabana, que desajeitadamente mantiveram o equilíbrio e observaram a porta ser fechada na cara deles.

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Erika geralmente não tinha problemas em patrulhar em pares. A última vez que ela teve Padma Patil e não foi tão ruim assim, a garota foi bem engraçada e conversou com ela sobre coisas diferentes para que nenhuma das duas ficasse entediada enquanto caminhavam pelos corredores vazios.

Aquela era uma companhia agradável, mas a de agora não era.

Claro que antes ela não teria problemas em patrulhar com Pansy Parkinson, mas depois de ser a principal causadora da humilhação de um de seus amigos ela não queria muito estar perto dela, finalmente voltando a apontar uma de suas "amizades".

Elas caminharam pelo terceiro andar em silêncio, nenhuma delas queria deixar o orgulho de lado. Pansy percebeu que Erika não queria falar com ela, era uma questão de ver sua expressão facial que dizia explicitamente que ela não queria nada com ninguém. Se ela não quisesse falar com ela, Pansy também não falaria.

Elas viraram em um dos corredores e encontraram Nick quase decapitado passando casualmente enquanto cantarolava 'Vamos coroar Weasley' com um ritmo e emoção raramente vistos nele. Pansy não pôde evitar soltar uma risada leve.

— Claro que isso te faz rir. — Erika murmurou irritada enquanto revirava os olhos.

— Claro que você está chateada. — a Sonserina respondeu, imitando-a enquanto revirava os olhos e cruzava os braços. — Nós não cantamos para você, por que você está com raiva?

— Porque não é para mim, eu não deveria ficar com raiva? — perguntou a Lufa-Lufa indignada. — Rony é meu amigo, vocês o fizeram se sentir péssimo.

Pansy riu zombeteiramente enquanto balançava a cabeça.

— Você tem que aprender que o esporte é assim. — Pansy argumentou duramente. — Não temos culpa, ele é tão ruim.

— Ele estava nervoso.

— Bem, que não seja.

Erika parou de andar, começava a se sentir frustrada com a pouca capacidade de empatia que a sonserina demonstrava. Pansy parou a poucos metros de distância quando parou de ouvir os passos de sua companheira, ela se virou para procurá-la e ficou surpresa ao vê-la com a cabeça levemente inclinada e os punhos cerrados ao lado do corpo. A Lufa-Lufa estava tentando se acalmar um pouco antes de continuar andando e conversando.

— Não é tão fácil. — Erika disse calmamente.

— Bom, se não é, vá embora. — a Sonserina disse obviamente.

— Não. É tão fácil. — Erika comentou entre os dentes. — Que você não seja capaz de ter empatia com outras pessoas não é problema meu. Ron realmente quer estar lá e vocês não o estão ajudando em nada.

— Erika, você e ele têm que começar a se fortalecer. — Pansy repreendeu, aproximando-se dela. — Aquela música estúpida não é nada comparada ao que podem fazer com você no mundo real.

— E o que eu tenho a ver com isso?

— Nisso você é tão fraca de espírito quanto o Weasley para coisas assim. — Pansy retrucou. — Se você ficou chateada com a música idiota é porque você é tão fraca quanto ele.

Erika franziu a testa indignada, por que ela de repente se virou para atacá-la?

— Fiquei chateada com a música idiota porque meu amigo se sentiu mal. — Erika defendeu secamente. — Se você não sabe o que é ter amigos não é problema meu, Pansy.

As duas trocaram olhares frios e a primeira a quebrar o contato visual foi Erika, a Lufa-Lufa deu um passo à frente com a intenção de terminar a patrulha sozinha, ela não queria conversar mais com Pansy sobre o mesmo assunto. Por sua vez, a Sonserina a deixou ir, não adiantava falar com Frukke naquele momento e ela andou nos mesmos passos de Erika, mas mais devagar.

Se você não sabe o que é ter amigos não é problema meu.

Ela não sabia por que aquela frase fez seu sangue ferver.

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No dia seguinte a primeira aula de Hagrid após o retorno finalmente chegou, os alunos da Lufa-Lufa desceram a pequena colina até chegarem à cabana do meio gigante ao lado dos alunos da Grifinória. Na noite anterior houve uma nevasca o que fez com que o ambiente estivesse frio e o chão cheio de neve, e também significou que os alunos se vestiram bem já que havia uma nevasca fria passando por onde a cabana estava localizada independente do horário de ano.

Hagrid os guiou até o início da floresta proibida, ao longe Umbridge podia ser vista caminhando pela neve com dificuldade devido aos seus saltos.

— Talvez ela devesse congelar mais o chão. — Susan murmurou irritada.

– a poderia morrer. — Ernie disse um pouco agitado.

— E ninguém saberá que fui eu. — Susan encolheu os ombros sob o olhar perplexo de Macmillan.

— Bem-vindos! — Hagrid os cumprimentou assim que todos estavam juntos. — Hoje vocês verão algo surpreendente e mal posso esperar para que vejam. — com um movimento da mão ele indicou que deveriam segui-lo pela floresta. — Vocês vão encontrar alguns amigos que venho domesticando há anos, eles preferem a escuridão, por isso caminharemos até o bosque.

Enquanto caminhavam, Erika olhou com desconfiança para Hagrid, que carregava um pedaço de carne que tinha quase metade do tamanho de uma vaca pendurado em seu ombro. Se ele precisasse de toda aquela carne, poderia pensar em duas opções; um animal gigante ou muitos animais pequenos, e nenhum dos que ela conseguia pensar era bom.

— Que tipo de animais podem preferir o escuro? — Justin perguntou sussurrando para Erika sem parar de olhar para frente.

— São muitas possibilidades, não gosto de nenhuma delas especificamente para hoje. — Erika murmurou, lembrando que Umbridge chegaria a qualquer momento.

Todos olharam ao seu redor, surpresos com a mudança do ecossistema em diferentes partes da floresta. Entre o início e o local onde caminhavam, era quase como se fossem florestas diferentes. Neville estava colhendo algumas flores nativas com entusiasmo enquanto Hannah o observava com um sorriso, ambos ficando um pouco mais afastados do grupo.

Alex se aproximou do grupo da Lufa-Lufa sutilmente com as mãos atrás das costas e um sorriso um tanto travesso presente.

— Não deixe os centauros saírem. — ele sussurrou entre Justin e Erika, fazendo com que o primeiro sofresse um leve arrepio de susto.

O ruivo sorriu satisfeito ao ver aquela reação enquanto Justin franzia a testa completamente irritado e se afastava dele após bufar, ele chegou ao lado de Hermione que estava um pouco mais à frente com Harry e Ron.

— Às vezes não sei se você o incomoda porque ele está mal ou porque quer se aproximar dele. — a garota de olhos azuis murmurou, olhando mal para o primo.

— É divertido deixá-lo com raiva. — ele encolheu os ombros com indiferença e depois aproximou a cabeça do primo. — Olha, ele está com Hermione. Se chegarmos perto, será como um encontro duplo.

Erika revirou os olhos e corou suavemente.

— Você pode parar de insinuar que gosta do meu melhor amigo?

— Eu simplesmente o acho bonito. O que há de errado nisso?

— É que... Eu pensei que você gostasse da Hermione. — Erika murmurou, escondendo o rosto dentro do lenço que usava.

Alex sorriu tenso e suspirou enquanto passava os braços em volta dos ombros da prima enquanto caminhava.

— Tem gente que gosta dos dois. — Alex disse com uma piscadela e então a sacudiu gentilmente. — Além disso, Hermione não ficaria comigo, eu não sou o tipo dela.

Erika instintivamente olhou na direção de Hermione. Ela estava com Justin, os dois conversando animadamente sobre alguma coisa, e ela notou como de vez em quando seu corpo se enrolava em busca de calor, como se o cachecol e a jaqueta que ela usava não fossem suficientes para salvá-la daquele frio.

Ela não pôde deixar de se perguntar se Hermione também gostaria de ambos.

Alex percebeu isso e sorriu maliciosamente.

— Você quer saber?

— O que?

— Se Hermione também gosta dos dois assim como eu.

— Claro que não! — Erika afirmou alarmada. — Não estou interessada, deixa ela fazer o que quiser.

Alex riu, era óbvio quando sua prima estava mentindo. Sem avisá-la, ele apertou o nariz dela com força, fazendo-a gritar, o que chamou a atenção de todos. Hagrid perguntou preocupado se eles haviam batido em alguma coisa, mas o ruivo acalmou dizendo que Erika não podia espirrar e estava ajudando ela, ganhando um olhar de ódio da Lufa-Lufa que estava com as duas mãos cobrindo o nariz dolorido.

Justin olhou para eles com os olhos semicerrados enquanto balançava a cabeça enquanto Hermione olhava para eles com preocupação antes de sorrir para eles e continuar andando.

— Eles são amigos, nada acontece se você perguntar. — Alex a soltou assim que eles não eram mais o centro das atenções. — Porque claramente não posso te dar essa informação.

— Sim, mas não farei isso agora.

— Claro que não, boba. Quando vocês tiverem uma noite de garotas ou algo assim.

Hagrid pediu que parassem assim que chegaram a uma parte um tanto assustadora do bosque, todos olhavam ao redor um tanto desconfiados e assustados com a escuridão e os barulhos que eram ouvidos de vez em quando. O semigigante começou a mover o grande pedaço de carne perto de algumas árvores com um grande sorriso no rosto.

— Eles virão sozinhos por causa do cheiro, você vai ver.

O homem assobiou um pouco, como se estivesse chamando algum tipo de cachorro, e o que saiu por entre as árvores era tudo menos um cachorro.

— Ah, que nojento. — Erika ouviu Alex murmurar de forma nojenta.

Eram as mesmas criaturas que tinham visto puxando a carruagem ao lado de Luna no primeiro dia de aula. O que diabos Hagrid estava fazendo trazendo Testrálios para o tipo de criatura mágica que Umbridge iria observar?

Não, o mais importante.

Por que Alex poderia vê-los?

Ela sabia que Harry, Neville e ela podiam vê-los, mas percebeu que não estava sozinha. Alex e Susan se juntaram à lista.

— O que está acontecendo? Por que você parou de chamar? — Zacharias perguntou preocupado.

Três testrálios vieram para o lado de Hagrid, esticando suas asas com delicadeza e graça. Para Frukke, eles eram animais maravilhosamente horríveis. Não de um jeito ruim, coisas horríveis podem ser lindas à sua maneira.

Afinal, era tudo relativo.

— O que há para olhar? — Justin perguntou curioso e então abafou um grito ao ver que a carne estava começando a se desfazer sozinha.

— Eles são testrálios. — Hagrid relatou entusiasmado.

— Você percebe que os testrálios são classificados como criaturas perigosas pelo Ministério da Magia? — Umbridge interrompeu chegando ao local.

Erika conseguiu ver como Harry deixou a cabeça cair para frente, derrotado. Umbridge estava lá com sua voz irritante, seu andar arrogante e suas roupas que eram de um rosa berrante mesmo para o inverno, e a situação não poderia ficar pior.

— Fico feliz em saber que você encontrou o local! E, para garantir, eles não são! Essas pobres criaturas vivem cheias de preconceitos, qualquer animal é perigoso se for atacado.

— Então você está confirmando o quão perigosos eles são? —Dolores ergueu a sobrancelha enquanto escrevia algo em sua pasta. — Ele é... Incapaz... De perceber... O perigo. — ela observou. — Eu vou dar uma volta, você continua.

Susan estava com os punhos cerrados observando a mulher se aproximar de Neville perguntando coisas muito pessoais para o gosto de qualquer pessoa. Qual era o interesse dela em saber quem o pobre rapaz tinha visto morrer?

— Estou começando a gostar da ideia de deixá-la escorregar no gelo. — Ernie rosnou.

— Aquela velha bastarda... — Hannah franziu a testa, totalmente irritada, Neville parecia intimidado pela mulher sapo e mal podia esperar que ela o deixasse em paz.

Umbridge terminou sua pequena rodada e saiu, dizendo a Hagrid quando ele receberia sua avaliação. O meio gigante engoliu em seco e então olhou para o trio dourado e sorriu, pensando que não tinha sido tão ruim quanto ele pensava. Erika olhou nos olhos de Harry e os dois imediatamente souberam o que estavam tentando dizer.

Não ia acabar bem.

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O falso galeão começou a esquentar nos bolsos dos integrantes do AD por volta das férias de final de ano. Os dias de neve e as decorações de Natal deram um espírito festivo para onde quer que olhasse, as salas comunais já tinham um pinheiro decorado com as cores características de cada casa. Erika aproveitou para decorar o retrato de Cedric com guirlandas e pendurou uma bengala de doce na lateral.

— Com seus favoritos... — Erika murmurou para o retrato enquanto pendurava a bota com um sorriso melancólico.

Como as férias estavam próximas, o ânimo na reunião do AD estava elevado, todos tinham energia para praticar o horário estabelecido e muito mais se quisessem. Assim que colocaram os pés na sala precisa ficaram surpresos ao ver que estava decorado com enfeites de Natal, segundo Harry, Dobby, o elfo, cuidou dele como uma surpresa.

— Não negue que você queria fazer um detalhe bacana, Harry. — Fred o incomodou quando passou por ele.

— Mas é verdade, eu não teria tempo de decorar tudo isso. — o de óculos se defendeu.

— Aqui é só pensar para fazer acontecer, admitir que pensou em querer fazer algo legal e pronto. — George juntou-se à zombaria, bagunçando o cabelo do menino.

Os gêmeos riram ao ver o rosto carrancudo de Harry e então caminharam até o outro lado da sala para conversar com Ginny que estava com Luna.

Do outro lado da sala Erika e Lea conversavam sobre a prática de duelo, a Corvinal havia perguntado à prima se ela poderia praticar com ela em algum momento já que queria saber a melhor forma de movimentar a varinha para poder se proteger rapidamente após lançou um feitiço, a garota de olhos azuis explicou-lhe a ficha técnica e elas concordaram em vê-lo pessoalmente quando voltasse das férias. Ginny de repente entrou na conversa assim que soube que a Lufa-Lufa estava dando instruções técnicas de defesa. A garota Weasley foi uma surpresa para Erika e Harry, Ginny Weasley era bastante poderosa e não havia como negar.

Em uma das sessões anteriores eles descobriram quando começaram a ver o encanto deslumbrante, embora o feitiço tivesse uma espécie de efeito de empurrar a vítima, os feitiços de Ginny faziam seu oponente voar bastante longe e com uma força surpreendente.

Harry chamou todos para começarem a rever tudo o que tinham visto anteriormente, já que era a última sessão do ano que eles iriam encarar como um relaxamento para aquele dia.

Neville queria praticar o feitiço de desarmamento, embora estivesse conseguindo, saiu um pouco fraco e desajeitado. Erika entrou como sua parceira assim como nas outras sessões e, inesperadamente para o Grifinório, aconteceu o que ele sempre quis.

Expelliarmus!

Com força, a varinha de Erika foi ejetada de sua mão, caindo alguns metros além deles, todos pararam suas ações ao perceberem isso enquanto Neville ficou totalmente surpreso e incrédulo com o que havia conseguido.

— É assim que se faz! — a Lufa-Lufa exclamou com um sorriso, correndo para abraçar o amigo.

Mais pessoas se aproximaram dele para parabenizá-lo, todas essas pessoas não puderam deixar de ficar surpresas ao ver como Hannah deu um grande e forte beijo na bochecha de Longbottom. Erika não pôde deixar de virar a cabeça para o lado, ela não queria ver como sua melhor amiga estava ficando toda romântica com um de seus amigos mais próximos.

Erika tinha um sistema de nivelamento na hora de escolher parceiros para a prática de duelo, no início eram muitos que estavam no nível iniciante, mas com o passar do tempo e prática pessoal por parte de cada um, naquela sessão, a grande maioria do AD estava no nível médio. Ela ousou colocar Harry, Susan, Hermione, Alex e Cho no nível avançado pela boa resposta nos treinos ou simplesmente por terem um talento natural.

Quando chegou a hora de praticar o duelo, Erika chamou Colin Creevey para enfrentar Ron, ambos estavam no mesmo nível e ela sentiu que Colin agora poderia começar a duelar com alunos mais velhos. Embora depois de uma batalha árdua, Ron tenha saído vitorioso de qualquer maneira.

Depois foi a vez de Justiny Zacharias, o loiro não ficou muito feliz com isso já que ele insistiu que deveria ser colocado em prática com outra pessoa que estivesse no nível médio. Finch-Fletchley fechou a boca em poucos minutos, deixando-o congelado no chão depois de jogar glacius nele para fazê-lo fechar a boca.

Eles decidiram descansar por alguns minutos e Erika sentou-se para conversar com Luna que estava longe dos outros enquanto ela brincava com sua varinha no chão. A Corvinal contou a ela sobre sua visita a Barto para saber como ele estava lidando com a gravidez.

— Ginny sentiu os Pelúcios se mexerem dentro da barriga de Barto. — Luna comentou surpreendendo um pouco a Erika.

— Ginny? — Luna assentiu com seu sorriso sonhador que a caracterizava. — Eu não sabia que Ginny visitou a reserva.

— Ela me acompanha muitas vezes, se eu não for com a Ginny vou com a Lea, mas a Ginny sempre arruma um tempo para ir comigo em qualquer lugar.

Erika olhou para a ruiva que conversava animadamente com Angelina Johnson, ela havia sido escolhida como candidata substituta do time da Grifinória, ela não tinha ideia que Ginny estava interessada em jogar quadribol. A metros de distância, Hermione conversava com Harry e Rony sobre algo que surpreendeu o ruivo. Enquanto a morena falava, ela mexia os pés de forma estranha, fazendo seus dois amigos rirem. A risada atraiu Alex que apareceu por trás de Rony e começou a imitá-lo sem que ele percebesse, fazendo Harry rir alto. O de óculos parou de rir ao encontrar o olhar de Cho Chang, e os dois tiveram uma espécie de conversa silenciosa.

— Harry, acho que é hora de ir. — Terry Boot apontou depois de olhar seu relógio.

— Ah, sim, claro, claro. — o de óculos falou, balançando a cabeça, saindo do transe. — Por hoje é tudo, podem ir embora.

Erika se levantou e ouviu Luna dizer a ela que ela lhe daria seu próprio exemplar de O Pasquim quando voltasse das férias enquanto observava Harry se despedir de todos rapidamente, quase como se os estivesse expulsando. Luna se despediu enquanto a Lufa-Lufa caminhava em direção a Harry com a intenção de conversar com ele, mas quando viu que aquele de óculos estava praticamente jogando os gêmeos fora, ela se arrependeu.

Assim, ela ficou com Fred e George Weasley fora da sala precisa após serem expulsos.

— Foi muito estranho hoje. — Fred reclamou com uma mala na mão e depois olhou para a Lufa-Lufa com um sorriso. — Eri, você não tem interesse em nos ajudar no negócio?

— Sou péssima em negociações. — Erika confessou com tristeza.

— Você não precisa negociar, apenas tente algumas coisas. Normalmente os primeiros anos são nossos porcos, mas parece que Hermione nos tem em vista. — acrescentou George. — Talvez se você nos ajudar possamos ficar calmos por um tempo.

Erika inclinou um pouco a cabeça pensando no porquê disso aconteceria.

— Por que?

— Acho que Hermione não chama sua atenção, ela é mais branda com você. — George explicou enquanto sorria torto.

— E se você nos ajudar também atrairemos mais clientes.

A Lufa-Lufa pensou por alguns segundos, colocou as mãos nos bolsos para pensar melhor, mas seu coração parou imediatamente.

— Oh não. — Erika murmurou, chamando a atenção dos gêmeos ao verem que ela estava olhando para o chão procurando alguma coisa. — Acho que esqueci minha varinha.

— Como você esquece sua varinha? — George perguntou divertido. — É como se sua cabeça ficasse no travesseiro.

— Provavelmente deixei cair ou deixei no chão quando Harry nos expulsou e eu estava conversando com Luna. — Erika explicou depois de revirar um pouco os olhos enquanto mexia nos bolsos. — Vou procurar ela, até mais.

Os dois Weasleys se despediram dela enquanto olhavam para ela divertidos, eles tinham certeza que se ela tivesse saído sozinha não teria notado a varinha faltando até o dia seguinte.

Erika caminhou em direção a sala precisa com os olhos no chão para o caso de sua varinha ter escorregado de um de seus bolsos, mas quando percebeu que estava do lado de fora da grande porta e sem nenhum sinal de sua varinha ela presumiu que estava lá dentro. Ela abriu a porta com indiferença, mas assim que colocou a cabeça para dentro e olhou para frente, parou.

Harry e Cho estavam se beijando.

Ela sentiu como se um fio tivesse explodido e causado um curto-circuito em sua mente. Os dois notaram a presença da garota de olhos azuis e rapidamente se separaram para olhá-la surpresos, embora o rosto de Cho estivesse mais cheio de culpa e arrependimento.

Como... Ela pôde fazer isso?

Cedric não tinha morrido há muito tempo. Eles já eram um casal há algum tempo e... Ela só... Vai com outra pessoa assim que ele morre?

— Erika...

Bufando em descrença, ela caminhou em direção à sua varinha que não estava muito longe deles e saiu dali.

Foi incrível, mas não incrivelmente bom, foi incrivelmente horrível. Ela agarrou sua varinha com força enquanto lutava contra a vontade de chorar, para ser honesta, ela achava que Cho estava melhor. Achava que Cho demoraria um pouco para ficar de luto, mas cinco meses não foram suficientes para ela beijar outra pessoa, alguém que, ainda por cima, era Harry Potter.

Ela estava chateada com Harry também, ela achava que Cedric era seu amigo ou pelo menos ela respeitaria o fato de ser namorada de Cedric.

Ela sentiu passos apressados ​​atrás dela, não tinha vontade de falar com nenhum deles.

— Erika, vamos conversar sobre isso! — Erika ouviu a voz de Harry atrás, um tanto cansado.

A pessoa citada parou e se virou, mostrando o aborrecimento no rosto.

— Era isso que você queria, certo? — Erika explodiu entre os dentes. — Você está feliz agora, Cedric está morto e você pode ficar com Cho sem problemas.

— Você está tirando conclusões muito rápido e muito mal, Erika. — Harry argumentou sério. — Não se atreva a dizer algo assim.

A Lufa-Lufa bufou ironicamente e mordeu o lábio em frustração com a situação.

— Você está brincando comigo? Porque é bastante óbvio se você me perguntar. — Erika disse com força enquanto cerrava os punhos. — É a mesma coisa para Cho, certo? — k silêncio da Grifinória foi suficiente como resposta.- Nem sei porque você está aqui e ela não. Era a namorada dele! Eu... Por que...? — ela suspirou, sentindo-se péssimo. — Não faz tanto tempo assim, como...?

— Erika, espere, eu...

— Silêncio. — Erika o interrompeu enquanto fechava os olhos e suspirava na tentativa de se acalmar. — Eu... Vou processar e pensar sobre tudo isso. Não quero falar com você ou Cho por um tempo. Falarei com você quando sentir.

Harry franziu a testa em aborrecimento, sentindo que Erika estava agindo um pouco exagerado para o nível da situação.

— Mas... Você vai continuar...?

— Sim, continuarei ajudando na AD. — Erika o interrompeu irritada. — É uma responsabilidade e não posso deixar isso para trás de um momento para o outro.

— Erika, sinto que você está levando isso muito a sério. — ele decidiu dizer o que se passava em sua mente. — Por que você está tão chateada?

— Porque me incomoda que a memória de Cedric não seja respeitada. — Erika murmurou, bagunçando levemente o cabelo em frustração. — Não sei, não estou dizendo que Cho esteve de luto a vida toda, mas tão pouco aconteceu...

Harry ia fazer um comentário mas conseguiu se conter, achou que era muito grosseiro e Erika, ao seu ver, não estava certa.

Silenciosamente, a Lufa-Lufa se afastou em direção à sala comunal, ainda com a varinha apertada com força na mão.

Assim que ela chegou, seus amigos perceberam que algo estranho estava acontecendo com ela e, assim que perguntaram se estava tudo bem, ela contou o ocorrido.

— E eles estavam muito envolvidos no que fizeram? Ai! — Ernie perguntou, ganhando um forte golpe de Susan que o olhou irritada.

— Isso não é importante! — afirmou a ruiva. — Erika, sinto muito que você tenha visto isso.

— Era um pouco óbvio que Harry gostava de Cho, mas não achei que seria mútuo. — Hannah confessou enquanto acariciava os cabelos de Erika que estava deitada sobre suas pernas. — Você acha que Cho falará com você amanhã?

— Não sei. — Erika admitiu de olhos fechados, deixando-se levar pelo carinho da amiga em seus cabelos. — Talvez eu também tenha exagerado um pouco, mas fiquei chateada e...

— É compreensível, ela era namorada do seu melhor amigo e eles estavam juntos há bastante tempo. — Susan a tranquilizou. — Certamente ela deve se sentir péssima agora...

— Ele merece. — Justin deixou escapar, ganhando olhares curiosos. — Por favor, ela se meteu nessa confusão. O namorado dela morreu meses atrás, claramente ela ainda não superou a morte dele, e agora ela está beijando alguém que obviamente gosta dela há anos e para piorar a situação, ela o considera o melhor amigo de seu ex-namorado. — ele listou com os dedos e a testa franzida.

— Parece terrível quando você fala assim. — Ernie murmurou.

— É porque é, gênio. — o moreno revirou os olhos. — Embora eu concorde que ela deve se sentir péssima, mas insisto que ela entrou nisso sozinha.

Erika os ouviu em silêncio e depois de um tempo eles decidiram ir dormir, com certeza no dia seguinte ela acordaria querendo conversar sobre a situação e seu aborrecimento teria se dissipado completamente. Cho conversaria com ela e Erika a deixaria dizer o que tinha a dizer, ela escutaria ela diria e deixaria a situação passar como sempre fazia quando ficava com raiva de alguém.

Ela odiava tanto essa parte dela.

Espero que tenham gostado!

Até breve. ❤️❤️

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